Preto Velho
Encontrei o iluminado Preto Velho do meu apreço na zona socorrista na Crosta da Terra. Sempre ocupado aliviando sofrimento ele acenou com a mão convidando-me aproximar. O abracei demoradamente e chorei. Ele como sempre sem perguntar nada logo veio em nosso consolo.
- Não chore criança pelo que vem fazendo, chore por aqueles nada fizeram e nem querem fazer. Façamos a nossa parte esclarecer e consolar.
A nossa Fraternidade é socorrer uns aos outros, não temos palácios celestiais, mas temos a hospedaria do caminho.
Ele ergueu minha cabeça para fitá-lo e enxugou a lágrima em minha face. E continuou.
- O Mestre de todos os mestres falava com simplicidade e os gentios entendiam-o enquanto os mesmos ensinamentos soavam aos ouvidos dos doutores, como insanidade. Os gentios absorviam os ensinamentos de Um Mestre, já os doutos que se julgavam mais inteligentes e superiores seguiam muitos mestres. E quem serve a muitos mestres, não serve bem a nenhum.
Portanto não pare, segue sem jogar pérolas aos porcos como disse nosso Mestre. No caminho se faz a obra, porque a obra é o caminho. Não permita se iludir com os ornamentos das palavras, elas como as pedrarias enfeitam também os sepulcros caiados.
Sem dizer mais nada retornei, precisava meditar aquela lição dada por um simples Preto Velho.
(A Pai Joaquim com amor e carinho. De Linyth)
