PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

05-12-2010 11:08


"O reino dos céus é comparado a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. Tardando a chegar o noivo, toscanejaram todas e adormeceram. A meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saiam todas ao seu encontro. Então elas se levantaram a fim de preparar as suas lâmpadas. E disseram as néscias às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. As prudentes, porém, responderam: Talvez não haja o bastante para nós e para vós. Ide, pois, aos que o vendem, e comprai o que haveis mister. E enquanto elas foram comprá-lo, veio o noivo; e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram as outras virgens e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Portanto, vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora". (Mateus, 25:1-13).

O dez virgem, nesta parábola, simboliza aquelas criaturas que procuram resguardar-se das corrupções do mundo, mas, há virgens e virgens.

As cinco  virgens representam aquelas pessoas que se preocupam apenas em fugir do pecado. Passam toda a vida obrigando-se a severa disciplina, evitando tudo aquilo que os possa macular, acreditando que isto seja o bastante para assegurar-lhes um lugarzinho no reino de Deus. Esquecem-se, porém, de que a candidez sem a complementação da bondade é qual uma candeia mal abastecida, que, no meio da noite, não dá mais luz, deixando seus portadores imersos na mais densa obscuridade.

Mas as virgens prudentes retratam os que, além dos cuidados que tomam para se conservarem probos, honestos, tratam também de prover-se do azeite, isto é, das virtudes, ou seja, da ação, que se revelam em boas obras em favor do próximo. E em posse deste valioso combustível, que se transforma em luz, garantem a luminosidade de seus passos no caminho que os há de conduzir à evolução espiritual, à união com o Corpo Crístico.

A chegada do noivo, nada mais é que a Nova Era, é a era do amor incondicional, a era da paz, da benfazeja alegria, da justificação absoluta pela caridade, a era da ascensão planetária. Onde a Terra desfrutará num futuro bem próximo, após passar, sofrer  transformações, será devidamente expurgada para tornar-se a morada de espíritos de boa vontade, que aqui implantarão uma nova civilização, legitimamente cristã, fundamentada no Amor e na Fraternidade Universal.

A recusa das virgens prudentes em darem do seu azeite às virgens néscias significa abertamente que as virtudes são intransferíveis, necessitando particularmente  cada um cultivá-las com seus recursos pessoais.

Assim sendo, é preciso "vigiar", ou seja, trabalhar com constância e sem desesperança, sem desanimo pelo próprio aprimoramento, para que possam merecer e participar dessa Nova etapa evolutiva do orbe terráqueo.

Se descuidarem deixando para, a última hora os agenciamentos desta ordem, ou se deixar levar pela ilusão dos  profissionais da religião, de seitas e doutrinas, e dos doutores  da e paranormais da Nova Era, possam suprir, preencher, vossas deficiências morais e espirituais, sem qualquer esforço de vossa parte, incidirá que, no momento crucial, ver-se-ão necessitados do "azeite" e enquanto o forem procurar com os "mercadores", o ciclo se fechará, surpreendendo-os de fora, o que equivale a dizer, relegados a planos inferiores, onde haverá "choro e ranger de dentes".

Nem poderia ser de outra forma, porquanto data de dois mil anos esta advertência evangélica: "Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! Entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus".

Então, será inútil clamar: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta", porque o Cristo nos responderá: "Não vos conheço".

O Evangelho Crístico retomará a Sua Verdadeira Raiz, sem margens para deturpações e manipulação dos discípulos do Anticristo.