Estrelas Que Anunciam
Sobre A Transição Planetária
Autor: Ana Marins Linyth
Sinopse:
Seres de Antares falam sobre os tempos chegados, como devemos encarar este momento. Ao mesmo tempo que descrevem o que irá acontecer passam de forma simples seguindo os ensinamentos do Avatar da Terra que é o Cristo, como nos colocar perante o próximo e as nós mesmos. A autora narra seus encontros com seres como Tharius Dhan, Ashtar Sheran e outros. Vale a pena ler.

 

 

 

 

Ana Marins (Linyth)

(Ariel, este Ser maravilhoso que atua conosco há anos. Sempre nos ajudando nos momentos mais dificeis para nós. Atua na vibração de Maria de Nazaré, é doce e sereno. O amo muito, nosso mentor amado! Ele mesmo desenhou em giz a si mesmo. rsrs)

 

Algumas pessoas perguntam como aflorou a nossa mediunidade, a idade que comecei a ver entidades, como adentrei para o espiritismo e posteriormente contato com os seres. Como se deu, se eu vi naves, se tive contato visual etc.

Resolvi então escrever um pouco sobre minha infância, juventude e fase adulta. Nasci dia 11 de fevereiro de 1961, às 22 horas de uma noite chuvosa de carnaval. Minha mãe conta que foi um parte difícil, horas de dores que a levou a dois desmaios. Fui retirada a fórceps e ao primeiro estrondo da trovoada se ouviu meu choro. Quando o médico me colocou em seus braços ela disse que eu não era sua filha, eu estava com a cabeça toda machucada, além de ser careca. É devia ser um monstrinho aos olhos dela, rsrs. Fui levada ao centro umbandista onde ela trabalhava com a minha tia paterna que era babalorixá do centro. Pai Lorenço pegou-me no colo e disse: Essa é filha de Santa Bárbara. Meus avós eram portugueses e meu pai veio para o Brasil com 1 ano de idade. Meus pais muito pobres, a nossa vida sempre foi difícil. Meu pai sempre viveu de salário mínimo, e tinha dias que não tinha nada pra comer devido ao desemprego. Ele era muito trabalhador, sabia fazer de tudo um pouco. Antes de completar um ano de idade contrai sarampo, estive dias entre a vida e a morte. Na noite crucial minha mãe e tia materna passaram a noite acordadas administrando remédios. O médico disse se eu passasse daquela noite e a febre cedesse, eu viveria. Bem, passei rsrs.

Com quase cinco anos meu pai que aplicava injeções, aplicou em minhas nádegas e eu esperneava tanto na hora que lesou algum nervo ou algo assim. Não tenho os detalhes técnicos, sei apenas que criou um imenso tumor na nádega e fiquei febril. Minha mãe e tia materna percorreram vários hospitais numa noite de domingo, após o Pai Lorenço olhar-me e dizer para que corresse comigo para o médico, porque se o tumor estourasse, eu iria morrer. Elas bateram na porta de muitos médicos, hospitais, mas todos se negavam a mexer naquilo e se responsável pela morte de uma criança. E após enumeras negativas, um médico chamado Dr. Conrado, teve a coragem de mexer, mas alertando do risco do tumor envenenar o meu sangue. Minha mãe disse que sangue pútrido e pus esguicharam por todo lado, quando ele furou.

Meus pais construíam com sacrifício uma casinha em São Gonçalo, e todos os finais de semana pegávamos o ônibus de Niterói para o Colubandê. Há 44 anos atrás esse bairro era só mato, sem água potável, luz, sem nenhuma estrutura. Mas meus pais precisavam sair do aluguel, e o jeito era enfrentar a situação. E foi neste local na hora do Ângelus que a mediunidade começou aflorar, eu tinha seis anos.

A Mediunidade E foi na hora do Ângelus, seis horas da tarde que parei de brincar. Meu pai lavava as ferramentas e guardava para irmos embora para Niterói. Eu comecei a chorar, gritar de medo. Via no fundo do quintal uma grande mesa posta, a toalha da mesa era vermelha de sangue e tinha sobre a mesa muitas cabeças de animais e vísceras. Via sombras negras, e gritava mais. Minha mãe rezava, lembro bem, rezava o Pai Nosso e Ave Maria. Assustados meus pais trataram de sair logo dali e pegar o ônibus para retornarmos a Niterói. No ônibus eu olhava pela janela e via um monstro imenso preto, assim que falei a eles, e chorava de pavor. Enfim quando adormeci, já estávamos chegando a Niterói. Meus pais rumaram rápido para casa de meus avós que era o local do centro da minha tia, para ver o que acontecia. No caminho ambos viram um gato negro imenso pular de um lado a outro da avenida. Quem conhece a rua Marques de Paraná em Niterói sabe que é uma avenida larga. Chegando no centro, foi feito o que eles chamam correr gira, enquanto eu ficava em pé no centro de um circulo de pólvora. Senti paz, lembro bem, não via mais nada.

Mas em outra volta a este local para dar continuidade a construção da nossa casa, meu pai colocava o telhado e eu e minha mãe estávamos numa mina de água pertinho de nossa casa, ela lavava a louça. Lá tinha um pequeno poço, a mina como era conhecida no local, nascente de água límpida e azulada. Eu lembro que brincava na beirada do poço e fiquei olhando a água, cai de cabeça.Foi a terceira vez antes dos sete anos que quase desencarnei. Neste mesmo ano nos mudamos para o Colubandê.

Ver espíritos para mim era normal, porque nem sabia que eram espíritos na verdade. Conversava com aqueles que eu achava normal, e aqueles que eram estranhos que se vestiam como via nas imagens do centro de vermelho e tinham caras de mal. Estes quando eu via saia correndo, e infelizmente sempre os via.

Pouco tempo depois tivemos vizinhos em ambos os lados da nossa casa, e um deles veio morar uma mulher que ergueu um centro de candomblé. Minha mãe nesta época já tinha se afastado do centro que ela trabalhava em Niterói devido a distancia. Passei a ver uma linda mulher cabelos longos, uma morena e outra tinha os cabelos aloirados. Ambas se vestiam roupas brilhantes, em tom vermelho ou preto, essas entidades femininas são conhecidas na umbanda como Pomba Gira e Cigana. Minha mãe conversava com a Mãe de Santo, mais não mais que o necessário. Minha mãe sentia receio daquela linha de trabalho. Víamos no quintal dela, o que separava os terrenos era uma cerca de arame farpado, animais mortos, cabritos, pombos, galinhas, cheguei mesmo ver a tal mulher incorporada matar e beber o sangue de uma galinha ainda viva. Na rua agora com umas vinte casas todos tinham medo e respeito da mãe de santo. Uma noite alguém do centro bateu palmas chamando minha mãe e pediu que eu fosse também, tinha uns oito anos. Entramos no centro, estava cheio e caminhamos até os fundos no altar. Pediram para esperar ali. Vi que estendiam um tapete de cacos de vidro, vi a mãe de santo passar sobre o vidro. Ela conversou com minha mãe, não sei o que, estava preocupada olhando em volta via mais gente que tinha ali no plano físico. A entidade que era uma Pomba Gira se voltou para mim e disse para minha mãe, que não entrava em nosso terreiro porque sempre eu a via quando estava no portão.

Lembro bem, quando vinha na escuridão da noite da casa das coleguinhas após brincar, passava por uma encruzilhada cheia deles. Eu passava voando! E quando chegava batendo o portão, eu parava e olhava para trás e lá ficavam eles. Eles não podiam entrar sem permissão. Havia ali uma disputa de forças de duas linhas, a Umbanda e Candomblé, uma disputa particular das duas médiuns, minha mãe e a vizinha. Na época nem tinha consciência do que acontecia, só sabia que eles não entravam e pronto.

Fui crescendo, e escrevia coisas sem muito sentido. Aos treze anos em uma aula de educação artística fiz um desenho de uma bela mulher de azul. E dentro de sala comecei a chorar, chorar copiosamente. Professores, colegas perguntaram se eu sentia dor, mas eu não sentia e nem conseguia parar de chorar. Foi designada uma colega que morava mais próximo a minha casa e ela veio me trazer. Cortei o bairro do Alcântara em prantos, pegamos o ônibus até o Colubandê e eu chorando. As lágrimas corriam pela face, eu não entendia o que acontecia. Ao chegar em casa minha mãe incorporou uma cabocla e eu não sei. Parei de chorar.

Outro fato que marcou muito minha infância e pré adolescência foram os abortos de uma tia, ela morava também no mesmo quintal. Lembro que cheguei a ver um feto vivo no chão do banheiro da casa dela, ela de cócoras de costas para a cortina. Não entendia ainda o que era aquilo, mas fiquei chocada, não esqueço até hoje.

Minha mãe é uma pessoa simples sem estudo, não sabe escrever nem ler. Mas com entidade riscava pontos, foi uma mediunidade interessante, mas deixou a Umbanda e voltou-se para o catolicismo não praticante. Quinze anos, sentia-me sozinha, incompreendida e uma saudade imensa de alguém e de um lugar que não sabia qual. Olhava para as estrelas, aqui antes por não ter quase casas o céu era mais escuro e podíamos vê-las com mais facilidade.

Era uma moça muito bonita, aqui era chamada a mais bonita da rua, confesso não me agradava em nada esse “titulo”, a beleza para mim era um tormento, porque os rapazes visavam a beleza, o possível prazer da carne ao desfrutar do corpo de uma bela mulher.

Então não tive muitos namorados, apesar da beleza, era muito arisca, no máximo alguns flertes e nada mais. Já as meninas, também não tinha amizade elas infelizmente me viam como rival, viam a beleza e não eu pessoa, e tinham medo dos namorados, de perde-los para mim. Como vê era uma moça sozinha de poucos amigos. Quase não saia de casa, lia quando dava para pegar livros na escola ou comprar no sebo. O primeiro livro que li foi Olhai os Lírios do Campo de Érico Veríssimo. E filmes, ficava noite acorda vendo a sessão coruja. Foi nessa idade que tomei comprimidos, queria morrer! Meu pai sempre em volta com mulheres fora do casamento, era ambiente de brigas, palavrões e bebida. Aos quinze anos tentei suicídio. Infelizmente meu pai faleceu aos 48 anos, ele bebia muito. Sinto imensa falta dele, muito mesmo, mas ele está bem agora. Te amo muito meu pai!

Conheci meu marido aos dezessete anos, ele gostava de ler, de poesia e aos dezoito anos casei. Uma vida difícil com desemprego na área naval e as dificuldades cresciam. Engravidei da minha primeira filha e nesta época meu esposo teve um problema de saúde e teve que ser internado. Tive que vender anéis, aliança, cordão de outro para sustentar a casa até ele voltar, pois nunca trabalhei fora de casa. Foram momentos difíceis, que não tinha tempo nem de pensar em nada.

Fiquei grávida da minha segunda filha e foi nesta época que sonhos estranhos começaram. Via-me fora do corpo, como se fosse um balão presa por um cordão que transpassava o telhado. E sonhos premonitórios. Foi nesta época que fui com minha mãe para a Igreja Messiânica. E o que me levou a buscar uma religião foi o sonho que vi meu pai morto, vi o caixão, o formato do desenho das flores e uma semana depois aconteceu. Tudo igualzinho como tinha visto. Outro sonho vi minha mãe sendo atropelada, e avisei a ela e no dia seguinte ela sofre um atropelamento. E fiquei apavorada, eu não queria ter sonhos assim, não queria. Meu pai faleceu aos quarenta e oito anos de idade. Sempre da varanda via “estrelas” movendo no céu, mas a vida corria. As dificuldades continuavam e isso prendia meus pés. Só que os sonhos continuavam! Vi em um deles na zona do baixo umbral afundando e gritei. – Ajude-me Gabriel! – Este foi o primeiro contato com meu mentor, e uma luz branca apareceu e acordei ofegante. Outro sonho vi-me em um hospital na zona umbralina, e após atravessar corredores imensos entro numa capelinha e vejo ele sentado. Fiquei feliz em vê-lo e quis dar um susto nele e logo ele estava perto de mim e me chamou de Sophie. Comecei a escrever sem parar, mensagens, estórias sim para mim eram ainda estórias e não histórias. Ganhei de uma conhecida messiânica dois livros, Nosso Lar e O Abismo. Foi onde a doutrina espírita começou a fazer parte de minha vida

Li muitos livros ligados à doutrina Espírita, em especial os que estudam a mediunidade. Nesta época já tinha dado a luz a minha terceira filha. Continuei no labor espírita até adoecer com dores. Foram meses até descobrirem a causa da dor, e como há lei de causa e efeito, quem fere pela faca, pela faca será ferido. Passei por uma cirurgia de emergência para retirar a vesícula. Tudo corria bem, mas tinha me afastado do espiritismo por meses. Voltei, voltaram também os sonhos. Cachoeiras, serpentes, lugares estranhos, seres estranhos. Lembro de uma tarde uma amiga médium do centro Camille Flammarion veio visitar-me, eu estava deitada passando mal com as dores no sofá da sala. Era perto do natal, lembro bem. Ela veio dar um passe, e quando começou aconteceu alguns fenômenos como o som e luzes piscarem, a arvore de natal caiu. As dores retornaram intensamente! Dores de rolar pelo chão pior que sentia quando tinha a vesícula. Internações, exames, agulhas, médicos! Uma, duas, três, quatro, cinco internações e sem resposta. Fiquei internada para uma junta médica, foi feito todos os exames para buscar a causa da dor, dor que não parava. Eu chorava, pedia a morte. Meu corpo do pescoço para baixo doía, doía muito. Eu me sentia mal, já não tinha animo de viver as dores não cessavam nunca. Meus braços estavam roxos de tantas agulhas, era dia e noite no soro. Nada foi encontrado e após longa internação volto para casa com dores ainda. Foi quando ajoelhei na sala onde tinha pintado um quadro de Dr. Bezerra de Menezes pedi que não sentisse dores, e se fosse acumulo de ectoplasma que eu pudesse doar durante o sono reparador. A partir daquele dia as dores sumiram. Fui trabalhar na reunião de efeito físico, isso plano físico e no astral em equipe socorrista. A pintura mediúnica também liberava muito ectoplasma e eu me sentia melhor, e foi a partir disso que comecei também trabalhar num centro na Glória no Rio de Janeiro. Em uma das reuniões senti uma energia muito além de minha compreensão. Senti meu corpo físico vibrar, sim ele vibrava, ele balançava. Meus olhos reviraram, foi quando recebi pela primeira vez mensagem dos Seres de longe. Essa mensagem a vibração foi tão forte que tive meu corpo físico envolto por passes que outros médiuns ministravam. Recebi uma cinco ou seis páginas e no término foi difícil regressar ao corpo e foi preciso a intervenção de uma médium de efeitos físicos para que eu voltasse. A sala foi inundada por perfume de rosas. Depois desse dia vieram mais mensagens e saídas estranhas a lugares e com seres mais estranhos ainda. Foram às canalizações do livro Estrelas Que Anunciam, e outros como Abrindo Portas, Deus: Pater Mater.

Na doutrina espírita trabalhamos na cura com Dr. Hans e Ariel, desobsessão, passes, psicografia, pinturas mediúnicas e efeitos físicos.

A mediunidade nos abre muitas portas, mas devemos sempre buscar entendê-las através do estudo constante, para que tenhamos discernimento ou seremos enganados por aqueles que se vestem de luz, da diciplina. No Movimento Somar, quanta saudade o trabalho era palestras e a entrada era 1 k de alimento não perecível. As pinturas mediúnicas sempre foram usadas para a cura do corpo e da alma, eram dadas ou trocadas por latas de leite. Tudo era encaminhado as instituiçoes de ajuda ao próximo.

Os livros que recebemos, o meu maior sonho é encontrar uma editora para publicá-los, e os direitos autorais seriam doados a instituições de caridade, penso em particular em alguma clínica que atue na recuperação de viciados em crack. Peço a Deus que um dia eu possa realizar esse sonho.

Quanto a mediunidade, Só assim ela servirá sempre de mestria a Luz!

Já não sentia mais dores, dores que não tive diagnostico médico, porque apesar de todos exames feitos, não foi encontrado causa. O resto todos sabem, rsrs.


Paz & Bem