PARÁBOLA DO SEMEADOR

05-12-2010 11:09


"Afluindo uma grande multidão, e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse-lhes Jesus, por semelhança: - Saiu o que semeia, a semear a sua semente. E, ao semeá-la, uma parte caiu junto ao caminho, foi pisada e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre pedregulho, onde não havia muita terra; nasceu depressa; mas, logo que saiu o sol, entrou a queimar-se, e, como não tinha raiz, secou. Outra caiu entre espinhos, e logo os espinhos que nasceram com ela a afogaram. Outra, finalmente, caiu em boa terra, vingou, cresceu, e alguns grãos deram fruto a trinta, outros a sessenta, e outros a cento por um. Dito isto, começou a dizer em alta voz: - O que tem ouvidos de ouvir, ouça. Então os seus discípulos lhe perguntaram que queria dizer essa parábola, e ele, explicando-a, lhes respondeu: - A semente é a palavra de Deus. A que cai à beira do caminho, são aqueles que a ouvem; mas, depois, vem o mau e tira a palavra de seus corações, para que não suceda que, crendo, sejam salvos. A que cai no pedregulho, significa os que recebem com gosto a palavra, quando a ouvem; mas, não tendo raízes, em sobrevindo a tribulação e a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam e voltam atrás. Quanto a que caiu entre espinhos são os que ouvem a palavra; mas, os cuidados deste mundo, a ilusão das riquezas e as outras paixões a que dão entrada, afogam a palavra, e assim fica infrutuosa. Mas a que caiu em boa terra, são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a retêm e dão fruto com perseverança" (Mateus, 13:1-23; Marcos, 4:1-20; Lucas, 8:4-15).

O Cristo manifestado por Jesus retrata magistralmente o feitio moral de cada um daqueles ao qual o Evangelho é anunciado. O Evangelho que foi Anunciado a vós Sementes Estelares há dois mil anos.

Conforme a, sua má ou boa vontade na aceitação da palavra de Deus, e a maneira como procedem após tê-la ouvido, os homens pode ser classificado como "beira de caminho", "pedregal", "espinheiro" ou "terra boa”.

A primeira classificação refere-se aos apáticos e indiferentes, ou seja, aos sujeitos ainda imaturos, não preparados para tal semeadura, indivíduos que se expressam mais pelo estômago e pelo sexo e cujos corações se mostram insensíveis a qualquer apelo de ordem mais elevada. Infelizmente é o que está proliferando mais e mais nos tempos de hoje.

A segunda diz respeito a. uma classe de pessoas de entusiasmo fácil, que, ao se lhes falar do Evangelho, aceitam-no prontamente, com júbilo; mas, não encontrando, dentro de si mesmas, forças suficientes para vencerem o próprio comodismo, os vícios enraizados, os maus desejos, a cobiça, etc., sentem-se incapazes de empreender a reforma de seus hábitos, a melhora de seus sentimentos, e, se acontece surgirem incompreensões e dificuldades por causa da doutrina, então esfriam de uma vez, voltando ao ramerrão de vida que levavam.

Os da terceira espécie são aqueles que, embora já tenham tido "notícias" dos ensinamentos evangélicos, e os admirem, e os louvem até, sentem-se, todavia, demasiadamente presos às coisas materiais, que consideram mais importantes que a formação de uma consciência espiritual. Os medos do futuro, a luta pela conquista de garantias pessoais, vantagens e riquezas, sufocam, no nascedouro, os sentimentos altruísticos ou qualquer movimento de alma que implique a renúncia aos seus queridos tesouros terrestres.

Os definidos por último personificam os adeptos sinceros, nos quais as lições do Mestre Divino encontram magníficas condições de receptividade. Abraçam o ideal cristão de corpo e alma, e se esforçam no sentido de pô-lo em prática. Embora sofram tropeços e fracassem algumas vezes, perseveram animosos, resultando de seu trabalho abençoado frutos de benemerência e de amor ao próximo.

Filhinhos examinem as vossas consciências, onde essa semente caiu em vós?

 _ Não há como ignorar os ensinamentos espirituais porque se aplicam há esses dias, é isso que eles, o que não são daqui querem que vós separeis. Porque assim será mais fácil contaminar a Terra.